21 de mai. de 2011

"Amanheceu e eu preciso só saber,
Como vai você..."

11 de mai. de 2011

"A luz apagou, só isso.
Não me mande mais esse tipo de música..."

E deu...

5 de mai. de 2011

E em um momento de desespero tudo ficou escuro e quando dei por mim, estava fazendo uma coisa que não fazia a muitos anos: Abri os olhos e me vi chorando, escondida dentro do guarda-roupas...
Não sei mais o que faço para controlar meu surto, que já é inevitável...

2 de mai. de 2011

"Quando vem a madrugada, meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola, contemplando a lua cheia
Apesar de tudo existe, uma fonte de água pura,
Quem beber daquela água não terá mais amargura..."
(Paulinho da Viola - Dança da solidão)


Ela quer escrever pra ver se tira isso do peito, para poder voltar às coisas que realmente precisa fazer, mas nada vem a tona, nada digno que mereça ser colocado em palavras. Desta forma, optou pela música que melhor ilustrava a maneira como se sentia:

Uma melodia ritimada, calma, mas não leve. Doída. Uma letra que fala de solidão e mágoa... No compasso da desilusão...

1 de mai. de 2011

Respostas

Era noite, mas ainda não era tarde; e ela já não suportava mais aquele dia e as perguntas sem respostas rondando junto com a ausência. A angustia preenchendo o peito, tomando os espaços deixados por coisas de outr'ora. Acompanhava os minutos, no relógio de pulso, pois este era analógico lhe dando a ilusão de que gastava seu tempo com alguma coisa. Enquanto isso, pensava nas respostas que gostaria de saber e na maneira com que a atingiriam: como uma porrada de culpa, ou uma facada de dor, e como apenas dispunha do benefício da dúvida, podia pensar e se dar ao luxo de escolher o que preferia, mesmo sabendo que de nada dependiam dela, mas como jamais teria as respostas...
Olhava incansávelmente as unhas carmim, como se alguma resposta estivesse oculta pelo esmalte, mas não há nada oculto, tudo está na superfície. As coisas nem sempre são o que parecem, mas sim o que se mostra, e nem olhar as unhas, nem acompanhar o tic-taquear do relógio resolvem o que precisa, para ela, ser resolvido.
São perguntas que não levam a nada, e essa seria a resposta se elas fossem feitas, mas ela, ainda assim, gostaria das respostas.
Sem mais para fazer, levantou-se da cama, tomou um banho quente, vestiu o pijama. Depois foi procurar escondido na bolsa aquele alívio, encontrou a cartela onde a deixara da última vez: ainda havia dois comprimidos. Tomou ambos, apagou a luz de cabeceira e esperou o torpor crescer, até que não sentiu mais nada, nem a angustia, nem a si mesma...

"Bem mais que o tempo, que nós perdemos
Ficou para trás também o que nos juntou.
Ainda lembro o que eu estava lendo,
Só pra saber o que você achou, dos versos que eu fiz
E ainda espero, respostas...
Desfaz o vento, o que há por dentro,
Nesse lugar que ninguém mais pisou.
Você está vendo o que está acontecendo,
Nesse caderno sei que ainda estão os versos seus
Tão meus que peço
Os versos meus
Tão seus que espero..."
Skank - Respostas