13 de mar. de 2012

Tão difícil voltar, ainda que muito necessário. Tão necessário como desgrudar esse grito preso na garganta, que precisa desobstruir as vias já tão necessitadas de ar.
Necessidade expressa, ainda, nesse ritmo acelerado, em que nada se ordenam apenas algumas sílabas, criando palavras ferozes e agressivas, tão agressivas como as feras que em mim habitam e que de mim se alimentam. Tanta coisa que sufoca! Apesar de tanto espaço sem ser preenchido.
És tu, poderosa senhora, novamente aninhando-se nos meus hiatos? Sou tua serva fiel, àquela que sempre te reserva cadeira cativa, ainda que freneticamente lute pra te aniquilar.
Nessas horas não sei se te quero ou me queres, mas ainda sim, te tenho. Eterna em mim, tal qual tatuagem: cravada na pele. Lá vou eu, te pintar aí: Aqui jaz a solidão, eterna em mim, viva, mesmo que morta. Senhora, ainda que lacaia. Diva, ainda que extremamente cliché e demodé. No fim, só tenho a ti, pois eis o que sou. Solitária, eternamente, solitária...