28 de jul. de 2011

Retorno

Estou travada. Não escrevo a tanto tempo que sinto medo de não mais conseguir ordenar as palavras de maneira coerente, ou de não me ver mais ressoar naquilo que derramo sobre o papel. As coisas mudaram e eu mudei, tenho outras prioridades, outros planos. Mas ainda tenho as mesmas angústias, a mesma solidão.
Percebi que mesmo que as coisas mudem, a solidão ainda é rainha absoluta, plena e cruel.
Algoz das madrugadas longas.
Que o amor tem mil caras e a distância que o separa do ódio é tênue, mas a distância que o separa da indirefença é dolorosa.
Que é a paz a moeda de ouro!
Que paixão não dura para sempre, mas que um amor maduro pode esperar o tempo que for necessário para florescer outra vez.
Que as pessoas mudam! E com isso, ou nos surpreendem, ou nos decepcionam.
Que a vida segue, indiscriminadamente.
Ultrapassa e atravessa quem ficou pelo caminho, dando milho às galinhas.
Que a paciência é uma grande virtude, e pode te reservar gratas surpresas.
E que o sol volta, a cada manhã, sem se importar se você dormiu, ou chorou a noite toda. Ele volta, com brilho ou opaco, mas sempre indica que ainda há mais um dia e que o tempo de luz é o mesmo da escuridão...

Um comentário:

  1. Ficou realmente bom...
    Quando pensamos que estamos nas trevas a luz da inspiração vem com a força de um vulcão e explode revelando o céu e tocando a terra com sua lava fervente, jamais deixe de escrever como jamais deixe de sonhar, o sonhos que fazem a roda da humanidade girar, e o melhor da vida e de poder sonhar é um dia torna-los realidade.
    Um grande abraço de seu amigo e fã literário.

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