30 de set. de 2010

Confusão

Algo irrompeu dentro dela, com uma dor assombrosa. E, como sempre, as coisas mudaram.
A dor é um presságio do corpo, enquanto a loucura o presságio da alma. A dor dilacerou-a, como algo que procura uma saída urgente, que rasga, que quer viver, mas precisa matar para isso. E a loucura começou a bater a porta dos sentidos, inebriando os sentimentos e desvanecendo a verdade certa. As coisas perderam o sentido em um misto de loucura doida e dor insana.
E assim o mundo perdeu as cores, ele abriu espaço para os velhos demônios entrarem, e eles voltaram, saudosos de destruição.
E no meio do turbilhão ela se pergunta: Estamos presos a uma Compulsão à Repetição?
Cada vez que possível, as coisas serão assim?
Ela sente a frieza tomar conta das suas palavras, enquanto a ternura ferida espreita assustada tamanha falta de sensibilidade. Ela não é assim, mas a loucura a transforma. E a dúvida é quem permite a loucura fazer-se presente.
E enquanto tudo é confuso, a loucura impera absoluta. Enquanto a dor, soldado fiel, conter o resto, ela é soberana.
Ela só queria saber, tirar a loucura do poder e trazer a ternura as palavras.
Mas, isso são conversas para outros dias...
Até quando?
Ele não entende, nem vai entender.
Porque nem sempre as coisas são tal qual elas mostram-se...

- Roberta.

Não faz sentido para quem lê, mas não me importo, porque para quem sente o sentido foi perdido há muito tempo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário