22 de set. de 2010

Querer

Ela conheceu ele, e quis tantas coisas que nem soube dizer...
No início ambos queriam apenas o prazer e, em seguida a companhia.
No início eles se pareciam, falavam a mesma língua e queriam a mesma coisa, nada.
Depois ele se foi...
E ela se deu conta que queria mais.
Se deu conta que queria as mãos, a boca e o cheiro. Queria a pele, a voz e a presença. Queria cada toque, cada momento, cada dia.
Ela queria ele e queria que ele à quisesse.
Ele voltou e disse que também queria.
Que também tinha sentido saudade.
E assim se quiseram juntos.
Quiseram ser aceitos;
Quiseram ficar juntos;
Quiseram dividir sentimentos;
Quiseram compartilhar seus mundos diversos e suas experiências distantes.
Quiseram querer as mesmas coisas sempre.
De fato, a intensidade dos quereres era tão grande que o tempo pareceu eterno, que o nada virou o tudo e que querer era poder, era estar, era ser.
Eles se queriam e isso pareceu ser o suficiente.
Não sabiam que ainda que quisessem, existem coisas que o querer não aplaca...
Quando descobriu isso, mesmo sem querer, ela escreveu:
"O querer é o que move e a necessidade é o que mantém vivo para poder ser movido".
Eis que as coisas mudaram:
Querer e precisar, duas faces de uma mesma moeda.
Dois extremos em um continuo.
O que ela queria a sufocava
E o que ela precisava a matava.
Ele passou a querer definições,
E ela passou a não saber como se definir.
Ele passou a querer coisas exatas,
E ela a não entender de certezas.
Ele passou a querer coisas certas,
E ela, perdeu-se em seu querer e precisar de tal forma, que o certo passou a não fazer mais sentido.
Ela apenas queria sentir,
Enquanto ele, gostaria apenas que ela pensasse...

- Roberta.

"Eu quis querer o que o vento não leva, pra que o vento só levasse o que eu não quero.
Eu quis amar o que o tempo não muda, pra que quem eu amo não mudasse nunca.
Eu quis prever o futuro, concertar o passado
Ponderado, perfeitamente equilibrado..."

- Paralamas do Sucesso

Nenhum comentário:

Postar um comentário