10 de ago. de 2010

De mim mesma

Se quiser saber de mim lê o que escrevo, é lá que vais me achar da maneira mais sincera. Quando escrevo faço-o para tentar organizar o que dentro de mim é bagunça; Essa sou eu, Roberta.
Desde quando me lembro tenho como companhia minha ansiedade. Em alguns momentos em picos que me deixam sem ar e me fazer tremer por dentro, em outros momentos, apenas como uma vaca, ruminando aquela sensação que localiza-se entre o peito e o umbigo, que não sobe nem desce.
Não sou bonita nem feia, mas ainda recebo assovios quando passo em construções.
Dizem que minha bunda é grande, mas meus sonhos, são maiores ainda.
Sou uma sonhadora inveterada, acredito nas pessoas e na necessidade de ser alguém melhor, ainda que de maneiras tortas. Chamam-me de utópica, não consigo ser de outra forma, me guio por meus sonhos, e coloco-os no céu. (Deve ser por isso que chamam-me de nariz empinado...).
Não gosto quando não gostam de mim, principalmente porque as pessoas não gostam de mim por motivos errados. Tenho tantas coisas detestáveis, aproveitem-se delas:
Sou ciumenta, paranóica e possessiva. Sou insegura, desorganizada e estou sempre atrasada. Me irritar é difícil, mas se você conseguir vai transformar um dia de sol em uma tempestade de verão: é bravo, furioso, negro e passa rápido! Não me ofendo com facilidade, mas esqueço em questão de minutos. Em compensação, minha memória é muito boa - nunca esqueço um rosto, nem a matéria da prova. Não tenho muita paciência e as vezes, tenho paciência demais. Sou sincera - mas minto como ninguém. Tenho cara de nojenta, fútil e filhinha do papai, o último, sou mesmo!
Mas, por incrível que pareça, também tenho coisas boas: faço amigos até atravessando a rua, falo por 15 pessoas e acho graça de qualquer piada (por pior que ela seja). Como de tudo, em qualquer lugar e até sem companhia. Se falo por 15 pessoas, falo palavrões por 35 pessoas daquelas boca-suja pra CARALHO! Me adapto fácil (principalmente regada a uísque). Sou desastrada e considero isso um charme (percebe minha ironia?).
Quando era criança, diziam que eu não era normal. Na adolescência, as mães das outras meninas diziam que eu "não prestava" e hoje, prefiro não comentar o que dizem de mim. Mas nunca fui presa (pelo menos não em uma cela).
Sou melancólica, ainda que sempre procure ver o lado bom das coisas.
Choro com facilidade, tanto por estar feliz, como por estar triste.
Já tive "tendências" suicidas, mas nunca tive coragem de ir a fundo. Hoje, tenho apenas dias cinzas, mas costumo me agarrar ao fato de que o sol sempre volta a brilhar.
Costumo me esconder atrás de um muro. Enquanto isso, vou ser o que esperarem de mim... Freud explica!
Minha cabeça funciona muito rápido, por isso falo sozinha e rio sozinha (não vale a pena perguntar porque, normalmente é uma coisa: putaria!).
Não sei desenhar, não canto, não toco instrumentos, não tenho nenhum talento especial no esporte, resumindo, não tenho dons e esse é meu maior dom: sobreviver sem dom nenhum!
Me acho irritantemente normal.
Há pessoas que me comparem a Vani (da série Os Normais), também vejo semelhanças na nossa normalidade, mas elas passam longe da silhueta!
Essa sou eu: sem contornos e sem forma definida, só eu, sem meias palavras...

-Roberta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário